quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Eu, você e o espaço


Na aula de 05 de setembro, tivemos uma aula sobre fotografia. Como experiência, junto com os colegas da outra turma fomos desafiados a fotografar conforme as orientações dadas em aula. Foram formadas duplas e cada uma deveria explorar um dos conceitos citados. Eu e Miliane trabalhamos o elemento espaço. Foi interessante estar com uma colega de outra turma e aplicar o conceito aprendido em aula, trocando idéias novas com gente nova. Valeu Miliane!

A foto aqui exibida foi feita por mim em um dos acessos da estação Barra Funda do metrô de São Paulo. O túnel fotografado, a disposição das pessoas no local e o ponto de onde foi tirada a foto, destacam o espaço, tornando-o elemento principal nesta imagem. Temos ao mesmo tempo noção de profundidade e amplidão. A limpeza da imagem no plano inferior aliada ao design arredondado da cobertura do túnel, destaca esta idéia de aplitude. Já a localização das pessoas no plano superior da imagem, mais ao fundo do túnel, bem como o ângulo do qual a foto foi feita trazem a idéia de profundidade.

Agora convido você a viajar um pouquinho comigo. É que quando olhei esta e outras fotos que tiramos naqule dia, fiquei pensando na nossa relação com o espaço em que vivemos. E algumas indagações surgiram pra mim, que agora transfiro à você. Como tem sido sua relação com o espaço, com o ambiente: Você tem ampliado suas possibilidades de ir e vir? Você tem interfirido nele de maneira profunda, ou você só pensa na superfície na qual você transita? Qual tem sido sua preocupação quanto ao espaço que terá quando você chegar lá no fim do túnel? Ou pensando pelo outro lado, quando você vem de lá do fundo, o que você espera encontrar, um espaço amplo, limpo e organizado ou um aglomerado de coisas obstruindo a passagem?

Pensar sobre isso, pode até parecer clichê, mas é fundamental. E vale pro espaço do ponto de vista individual, aquele que você realmente usa, e transita, e come, e dorme, e levanta, e mais uma vez transita, e usa. E tambem do ponto vista planetário, o espaço pelo qual você enquanto ser humano, racional e pensante (e todas as demais redundâncias possíveis), é responsável. A maneira como agimos no espaço que usamos hoje muito provavelmente determinará o espaço que encontraremos no futuro. Além disso, a maneira como agimos nos pequenos espaços que nos são dados  para habitar enquanto indivíduos, determinam a maneira como encaramos o nosso papel diante do espaço que temos enquanto humanidade.

Acho interessante tambem, pensar na idéia do túnel  rementendo ao tempo. O começo do túnel é sempre o presente, e o fim, o futuro ou o passado (depende de que lado saímos ou entramos). De qualquer maneira, se estamos seguindo adiante ou voltando para o passado, o que encontramos no fim do túnel acaba dependendo do presente, do que fazemos hoje. É certo que os que nos antecederam não consideraram o espaço que habitaram com a responsabilidade que lhes cabia, e hoje temos de lidar com inúmeros problemas ambientais.

Recebemos esta herança, mas não precisamos continuar esse legado pouco limpo e desleixado. Podemos reformar a casa e preservá-la, plantar nossos jardins e cultivá-los, e com isso transformar o legado que vamos deixar para as gerações futuras.

sábado, 12 de setembro de 2009

Elementos fotográficos em Evandro Teixeira

Em Enterro do Anjinho percebemos a linha como elemento principal. O movimento horizontal mostrado na foto nos remete à idéia de movimento de ida e vinda. Outro elemento muito explorado nesta foto é o espaço. Ao observar a imagem temos uma idéa de amplidão muito relacionada com  a linha horizontal e a noção de profundidade adiquiridas pelo ângulo em que foi feita a foto.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Verdade seja dita...

Da última vez não contei o que realmente me convenceu a me arriscar no mundo virtual com um pouco mais de ousadia do que já tinha feito. Mas agora devo dizer. Acontece que tenho tido aulas de Tecnologia Aplicada ao Ensino, será que preciso explicar mais alguma coisa?

As aulas têm sido ótimas e superado  minhas espectativas. Apesar da minha pouca afinidade, ou melhor dizendo, da minha pouca desenvoltura com o uso das novas tecnologias, sempre considerei interessante sua aplicação no ensino de língua e literatura. Além disso, é praticamente inaceitável um professor desatualizado no que se refere ao letramento digital.

É um disperdício, não se valer de todos os recursos possíveis para ensinar o que não para de mudar nunca, a língua. Se ela é tão dinâmica não é possível produzir conhecimento sobre ela sem estar inteirado das suas ínúmeras possibilidades.  Não podemos eximir as possibilidaes que estão no nosso nariz, mas que não saem de nossa boca porque não as engolimos. O mundo de hoje não aceita e nem deve aceitar, professores descontextualizados.

 Para se contextualizar o ensino de língua é preciso estar contextualizado com o mundo no qual ela se faz. É preciso estar atento também à língua que está fora do livro didático e da estante de biblioteca. Estar atento à língua viva que circula hoje na boca e nos teclados dos nosso alunos. Isto é contextualizar-se com o mundo que se faz agora e com o ensino que se faz hoje para o aluno de hoje.

Falando em possibilidades linguísticas e em possibilidades de ensino, com o professor Ênio descobri mais uma, o blog. Uma possibilidade de produção e interação línguística e excelente recurso para um ensino de língua relevante e afinado com nossa sociedade pós-moderna.

Em nossas aulas vamos usar o blog como recurso educativo, e temos o desafio de  criar possibilidades de ensino de língua e de literatura vaelendo-se dele. Ainda não consegui definir meu projeto, pois realmente são muitas as possibilidades. Mas, o desafio foi aceito.

Vamos à criação de aulas mais tecnoLógicas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Eu me rendo

Nos dias de hoje, uma mulher de trinta provavelmente tem muita familiaridade com as novas tecnologias. As nossas mulheres de trinta, já estão plugadas, conectadas, logadas, etc. A internet tem se tornado cada vez mais imprescindível à vida moderna. E há um estranhamento às pessoas que, de alguma forma resistem à estas novidades.

As pessoas que não se valem da net como forma de comunicação e socialização, muitas vezes tentam justificar sua resistência, seus medos , sua necessidade de preservação da imagem (em todos os sentidos que esta palavra possa expressar), ou sua pura indisponibilidade para conhecer o novo. Às vezes até têm boas justificativas, mas poucas vezes são aceitas ou respeitadas nesse direito.

Pois bem, andam dizendo por aí que sou tecnofóbica. É que já tentaram de tudo, pra eu me conectar e... Sou uma legítima balzaquiana e realmente nunca gastei tempo com as mídias digitais. Em alguns aspectos relamente sou de séculos passados. A internet só tem sido boa fonte de pesquisa e ponto final. Mas agora pra provar  que não sou isso aí que andam dizendo, vou me arriscar e estou certa que vai ser difícil me desplugar mais tarde. Sei que vou acabar rendida às maravilhas virtuais. Eu sempre dou um jeito de me divertir como que me assusta.

Para os fâs de Balzac, peço que não se ofendam com a conotação que dei ao termo balzaquiana, neste texto. Quem se interessar por este blog vai perceber que tenho muito mais de balzaquiana em seu legítimo sentido.