sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano novo

Façamos do nosso ano novo, não os votos, não as promessas, não os desejos. Façamos não as listas, não os planos, não os sonhos. Façamos, não as esperanças vãs que morrem no dia seguinte. Façamos dos votos, das promessas, dos desejos, das listas, dos planos e dos sonhos, combustível novo e renovável.

Façamos de novo os pedidos, talvez os mesmos velhos pedidos, mas com a novidade do que nos tornamos depois de mais um ano. Relembremos das listas passadas, e ponhamos na conta os aprendizados, não para nos gloriarmos e acharmo-nos melhores. Mas, para fazer uso disso no ano próximo.

Ele está aí, de novo, na nossa cara, com seus números novos: 2010. O que esperamos dele, e o que ele espera de nós? O que faremos com todos esses votos que todo ano damos e recebemos?

Façamos realmente novo este nosso ano. Renovemos a esperança vã, sim. E porque não? Façamos listas, tenhamos objetivos, criemos metas ainda mais altas, corramos atrás de tudo isso... Mas esqueçamos, não de que o que nos move nessa busca insana não é a felicidade de nós mesmos, mas o amor pelo humano. É a pura preservação dessa espécie tão maravilhosamente ambígua.

2010 é nosso, celebremos este ano com a novidade que um rebento nosso merece. Preservemos a espécie, mas nos esqueçamos, não da sua necessária evolução. Façamos do nosso ano novo, melhor.

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